A enxaqueca acomete 16% da população brasileira, o equivalente a 35 milhões de pessoas e, atualmente, é considerada a doença mais incapacitante na idade jovem (18 a 50 anos) em todo o mundo. Embora a doença seja marcada por números alarmantes, o seu diagnóstico ainda é um desafio para os profissionais da saúde e para a população.
Sabe-se que menos de 50% das pessoas que sofrem com enxaqueca recebem o diagnóstico correto. Além disso, a população leiga está repleta de conceitos equivocados (infelizmente isto acontece também entre os profissionais de saúde), os quais chamamos de modelos explicativos leigos. Este fato reforça a demora em o paciente chegar ao especialista devido à queixa de dor de cabeça. No Brasil, este atraso está estimado em torno de 11 anos.
Atualmente, o diagnóstico da enxaqueca é determinado pelos Critérios da Classificação Internacional das Cefaleias, que são utilizados basicamente pelos especialistas em dores de cabeça.
Visto que o clínico geral é o profissional que mais recebe em consultório pessoas com queixa de dores de cabeça, devido à imensa demanda, houve a necessidade de facilitar o seu diagnóstico. Baseado nesta realidade, que infelizmente não é apenas brasileira, mas global, em 2007 foi desenvolvido um questionário de 3 perguntas simples para o reconhecimento da enxaqueca.
Vamos então para as perguntas:
1) Você tem dores de cabeça recorrentes e que interferem nas funções do seu trabalho, família ou social?
2) Suas dores de cabeça duram pelo menos 4 horas?
3) Você teve uma nova ou diferente dor de cabeça nos últimos 6 meses?
Respostas “SIM” às duas primeiras perguntas e “NÃO” à terceira pergunta fazem com que esta pessoa possua uma chance de aproximadamente 80% de ter o diagnóstico de enxaqueca.
São 3 perguntas simples e eficientes para o reconhecimento da enxaqueca!
E aí, para quais perguntas a sua resposta foi “sim” me conta nos comentários.